
Poeta dos meus sonhos,
A gaivota dos sonhos
roça a água saboreando
os momentos sucessivos
do que passou...
do que vira...
não consegue beijar a água...
não consegue amar o vôo...
se entrega fingindo roçar o indico
porque apenas em mim ela pousa!
Não vi nunca a gaivota
beber água do indico
porque é em mim que ela mata a sede
em mim ela se sacia sem querer se saciar
em meus lábios ela adoça o bico
que mais tarde...
na saudade beija o ar que a ama.
Impossível gaivotar o índico.
Impossível gaivotar o ar.
Gaivota-me apenas na possibilidade da permanência
de me ser... Gaivotando.
Quanto a mim, me perguntas poeta? Eu apenas me deixo ser indico em ti quando me gaivotas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário