
É nos meus sentidos
nos instantes que rio me és
que me desnudo sendo margem dividida
e me multiplico e em milhoes de quereres
só para tua ser em momentos de orvalho matinal.
Orvalho matinal nascente e poente de rio
me deixo cumprimir tatuada na alma
com cores de rubro e negro de paixão
tons de apenas uma alma minha
entre tantas que me tomas no branco
da pureza que não me pertence.
Dessa pureza perdida
se preenche a direita de quem sou
e com o corpo inundado de ti
apenas o extase é meu e teu.
Nosso extase esse doce encanto
que em nós não encontra margens
pois margens de mim...
Apenas em ti encontra o pranto.
(Nenhum rio se torna caudaloso o suficiente para conseguir esquecer a vertigem em que se perde enquanto desagua)
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