sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Carruagem vertiginosa


Na alma da memória
rabisco palavras desgastadas
deitas nos carris das lembranças
vivências dos vagões da vida.
sombras… arrastadas em múrmurios.

Embarco reencarnada na vontade
sigo sentada na última cadeira do sonho
da janela… ah… da janela apenas desertos
vultos arídos que vagueiam em mim.
Revejo os mesmos caminhos
aqueles em que me perdi de mim
poesias que brotam em alta velocidade.

Na carruagem
apenas o xaile negro do carvão
perfumes de morte e saudade
abismos que acredito ter volta…
arrependimentos do ser… ausências.
Na boca o cigarro… estrelas de sangue e brilho.
fogo de desejos controlados pelo adeus.

No último apito a despedida… a certeza!
E com o adeus selo o fim da dor…
Vou-me…

Nenhum comentário: