quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Madrugadas Impuras


Poeta dos meus sonhos,


Descrever-te com pujança
na calma que me mantenho
torna-me húmida e tua
pela vida que me doas-te.

No encontro:
Venus e falo
Tu e eu
estou-te impura e totalmente virgem
desabotoou
desabotoou
desabotoou
um a um
todos os sentidos
sem pudor
desnuda de vergonha
esperando apenas…
que me does a vida liquida
que de ti jorra a cada palavra
nascida para crescer em verso.

Quando me buscas
é em ti que me encontras
provocante
serena
completa

Nessa liberdade de ser-me sendo-te
estou-te infinita
sonho e verdade
guardada no espanto
no lugar de sonho… aquele em que apenas tu sabes me ser vertigem.

Sabes? É nessas madrugadas em que as deusas parem sonhos e plantam poesia.

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