quinta-feira, 5 de junho de 2008

Partos do dia


E assim
amanheço
deitada no areal
lá do infinito que me revives.

Sou madrugada
dos sentidos desabotoada
aos poucos esculpida
em semente e futuro.

Como sabes
faço das palavras indistâncias
o útero das noites
em que te nasço absoluto.

E assim, nasceu o dia.

2 comentários:

Salve Jorge disse...

Partos
Prantos
Parcos
Qualquer dia
Qualquer noite
em que não haja o açoite
Da tua ousadia...

AGRY disse...

o silêncio
marinado em palavras esterilizadas
desafiadoras de afectos
aromatizados
nas noites ao relento
Bjs
Já há muito que não ia ao meu cantinho. Obg pelo comentário lá depositado