terça-feira, 22 de maio de 2007

Enseada do horizonte


Poeta dos meus sonhos,
Igual terra preparada para lavoura
te deixo semear em meus sentidos
poema tão acariciante e necessario.
No teu jeito de ser-me, sinto-te
plantado em meus sonhos,
nas minhas verdades,
no passado que já é futuro.
Es-me sempre que te desejo
e mesmo quando não...
Na savana que te sou
embondeiro-rei faz-se perto.
A cada amanhecer,
a cada entardecer...
Na enchente do Zambeze,
na vazante do Savé...
A cada palavra semeada,
a cada poema colhido...
É aqui, na enseada do nosso horizonte
que te espero nas horas transgressoras
do relógio da alma.
(Vinda da cidade das acácias amarelas, aqui na outra margem do índico recebo uma flor parida do poema fecundo que me escreves)

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