terça-feira, 22 de maio de 2007

Palavras (des)necessárias

Poeta dos meus sonhos,


Desde sempre...
Desde antes...
Desde depois...
Que me recordo em ti,
que penso em ti,
que estou em ti,
que sou inquestionável
o ser-em-ti.

Não te pergunto meu poeta!
Não te questiono meu poeta!
Do comum senso nada tenho,
impossível assim me ferir em ti.
Sou-te nas veias...
no simples do natural
sou-te na raça.

Porque razão haveria de abrir feridas?
Por que razão haveria de precisar de palavras?
Por não me recordares?
Por não me pensares?
Por não me estares?
Se sei que em cada sulco de ti estou eu.
Se sei que sempre te fui e me és.
Igual tatuagem me dizes!
Igual nome te digo!

Para que pontes entre nós?
Palavras são apenas pontes (dizes sempre)
quero-te assim sem extremos
assim como corpo e alma.
Para que então palavras?
Se te sou sempre em demasia...
Sendo-me na vertigem que me és
em cada mim de ti.

Que se ausenciem as palavras!... Hoje...Porque amanha espero nua o poema que me escreveras despalavreando palavras no teu ser-me.

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