segunda-feira, 21 de maio de 2007

Era uma vez á agua e o copo...


Poeta dos meus sonhos,
Nos sentidos errados,
pelos nobres enganos do que desconheço
até então copo era copo e água era água.
Agora, no porém das tuas palavras
me sento escutando com a alma nos ouvidos
e a calma nos olhos de quem te bebe em gemidos
a historia desenganada de água e seu amado copo.
Entrelaço-me absorvendo-te desenfreada
esperando que o que me contas nada mais seja
que eu e tu em contos descontados de fadas e duendes,
de mulheres e homens, amantes do amor e da paixão
de ser quem são e não apenas e somente água e copo.
Água, eu filha dos sonhos.
Copo, tu príncipe condenado.
É isso que somos quando nos amamos?
Quando entre os lençóis transpirados esquecemos que para trás
ficou tudo o que esquecido foi:
O reino das mulheres ciumentas,
daquelas que se deixam achar donas da verdade e da mentira,
do que foi e do que será.
O reino dos poderes ínvios
daqueles em que os homens não conhecem o sabor dos segredos
do que falta e do que transborda na alma.
Isso ficou para trás, não faz falta,
não quero de volta nem hoje e nem nunca mais.
Entre o copo e a água ficou apenas o futuro do passado,
aquele que vivemos nas noites de paixão sem fim,
aquele que sentimos nos dias de amor sem horizonte,
aquele que sonhamos nas madrugadas de sexo e desatino.
Nada transborda agora.
Nem excesso de amor, nem excesso de querer bem, nem excesso de excesso.
Copo e água são agora tu e eu.

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