
Poeta dos meus sonhos,
Triste sim...
Porque vagueiam sem rumo
pelo acaso do que nem o acaso conhece.
Triste sim...
Porque na zonzeira do que viveram
pedem alforria para que em breve
sigam seus caminhos não como presas indefesas
mas como memórias que teimam em não lembrar
o esquecimento a muito esquecido.
Triste sim...Assistir em câmara lenta
o tombar de cada fio sedoso,
esculpido na belezada teia desfeita... impotente
mas orgulhosa que só ela!
Triste sim...
Saber que apesar do passado certo
e do futuro incerto e desvalido
a história já foi escrita
na teia de Carlota.
Triste sim...
Saber que com leves pinceladas
não se apagam beijos na boca
e nem loucuras consumadas
em camas transpiradas de suores misturados.
Creio na morte certa e no futuro incerto, apenas.
A cada fio sedoso que tombar é teu corpo que se deita
recebendo o meu em confissão e perdão.
(como pode tão leve brisa tombar nosso destino traçado pelos espíritos de um Deus maior?)
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