
Tudo (parece) muito quieto,
tudo muito parado.
As nuvens
sobrevoam-me nos bicos dos pés,
nem correndo, nem andando,
somente vivendo.
Tudo muito quieto,
tudo muito parado.
Até sinto a brisa olhar o tempo passar.
Não sei bem o que sinto,
qualquer coisa sei que é,
vá-se lá saber se é vazio ou vertigem.
Ambas... ou nenhuma!
Talvez nem sinta coisa alguma,
quero antes a vontade,
em suma, quero sentir apenas por sentir.
Uma vontade de estar,
contudo ausente,
uma vontade de ir,
mas ser presente.
Não adianta sugerir instintos...
Meus sentires são puros labirintos
Meus sentires são puros labirintos
que adoram separar o que sou do que sinto.
Hoje embalo-me
em cores ternas
e aromas serenos,
amenas tormentas
e esferas suspensas.
Não invoco emoções e nem ilusões.
Hoje embalo-me
em cores ternas
e aromas serenos,
amenas tormentas
e esferas suspensas.
Não invoco emoções e nem ilusões.
Transbordo-me... apenas.
Um comentário:
Excepcional poema, conjuntos imagéticos admiráveis. Continue a explorar esses trilhos, refinando cada vez mais as imagens.
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