quinta-feira, 6 de março de 2008

Parto da alma


No meu ventre
teus sonhos germinam
com asas de papel
com semânticas de sossego
com indecencias aliciantes

No meu ventre
encostada a valsa da liberdade
gero-te em precípicios de cor
antes do vôo e depois do adeus
sem celas e nem correntes.
Nasces aos poucos...
Rompes com tudo...
Ousas gritar com a alma...

No meu ventre
tú es igual a mim
na vontade
no tamanho
no momento
no perfume
nos amores

No meu ventre
essa necessidade esquecida
apressa os passos
arremassa a placenta da morte
cumpre profecias

No meu ventre
És vida! És meu! És eu!

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