segunda-feira, 31 de março de 2008

Procura...


Esculpida na memória
(para além de qualquer indistância)
faço da saudade, promessas e juras
ilusões furtivas e destinos dispersos
rendição de amarras que se cumprem...

Da cinza e fogo constante,
a serenidade de te ser mistério consumado
som de silêncio musicado na verdade
vaidade... de te traçar em mim como vida
agonia ... distância a muito vencida

Na condicional liberdade...
o amarrotar dos dias antigos,
a eternidade mergulhada nos dias,
a embriaguês dos sorrisos,
a dormencia da voz que se cala...

Amanha és-me dádiva!

Sabes? É na aurora deste amanha que meus sentidos tamborilam famintos e incessantes o batuque dos sonhos anuciando no céu inflamado, que dois corpos podem para sempre ser uma só alma.
EU
TU.

3 comentários:

Salve Jorge disse...

Aquilo que procura
Eu faço
Pois seu traço
É minha cura
Cada movimento teu
Nos meus sentidos perdura
Já que sois a personificação pura
De tudo que meu peito verteu
Sois um camafeu
Cujo féu
É pra mim o mais doce céu
Que minhas asas percorreram
O próprio âmago de minhas vontade
Um dádiva
Maior que o Nilo
Minha Diva
És o mar mais profundo de meus dobrados
Ah, mar...

Su. disse...

Tao bonitinha!
Adorei, o poema tem tudo dentro!

Beijo imenso

Salve Jorge disse...

Se é perdido
Que eu te encontro
Encaro o desafio
Mato qualquer monstro
Porque o seu poderia ter sido
É o mais doce desvario

E é no imaginativo das tuas pernas
Que eu descansaria
Serias minha caverna
Onde eu lhe louvaria
Coberta por mimos
Alimentada apenas com ambrosia
Como se fossemos os últimos deuses
E pudessemos tudo muitas vezes

Eu seguia a esmo
Sedento da tua palavra
Nada é o mesmo
Sem as unhas que em mim crava
Eu a quero serena
Mas também a quero brava
Arredia
Descompaçada
Todo e qualquer dia
Serás sempre minha musa sagrada...