
a falta de palavras vagueiam a madrugada
perfumes banais de ilusão não restam nada
sou gestante de fogo e aurora muda.
Preludios e lembranças
arranham-me a alma até sangrar...
Entre tantas eus
lágrimas escorrem em monólogos
isolando acusticamente os disfarces
rompendo o secreto do que se escolhe
Entre tantas bocas
alguma me levou os rabiscos de costume
deixando apenas um verso que não basta
sentimentos nus, fragilidades fêmeas,
sonatas em orvalho e algumas ávidas miragens.
Entre idas e vindas
descubro o abandono do beijo incompleto...
neste agora nem o espelho me reconhece
Extasio-me...
Um comentário:
Entre
Mandei fazer como querias
Especialmente pra você...
Soube da perda
Do vagar
Do sangue...
E entre todas de ti
Foi em nenhuma
Que fiz meu banquete...
Começando por rabiscos
Passando pela nudez
Morri na miragem...
Mas não proponho abandono
Apenas abrigo
Um regaço...
Eu vim com meu traço
Ofertar meu abraço
Faça em mim moradia
Como dama ou Diana
Com drama ou chama
Não é a fama que quero
Só o arrepiar da carne em idéias assanhadas
Quero as lágrimas satisfeitas em lábios elevados
Quero saber de cada poeira da tua estrada
Quero lamber-te as asas sangradas
E cuidar dos machucados...
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