quinta-feira, 10 de julho de 2008

Existencias


Sei que existes
para além de um sol quebrado
muito além de minhas sombras algemadas

Colo-me aos dias, no fim de cada horizonte
repouso diluida, sendo gota no índico
e terra que te germina em musgo e suor

Vagamente, habitas neste poema
como prece de um sobressalto de sementes
amarro nos seios a saudade de um tempo por vir

Em cada resposta do ser, a palavra de viveres em mim
cumplicidades de uma fome que nos arrebenta os poros
a liberdade, de querer estar presa
sempre... a ti.

4 comentários:

Jácome D`Alva disse...

Linda,
a liberdade é tambem querer estar preso.

um beijo

Anônimo disse...

Busco os teus lábios húmidos
Respiro fundo

Reinvento a esperança
Regressado dos desejos

BJS

Salve Jorge disse...

Sei que insistes
Por alguém em um nó apertado
Menor que sua sombra chorada

Colada em dias de finitos horizontes
Desposa aguada secando na areia
Infértil de possibilidades

Vergas, tramita em sintaxes
Oratória de fugaz fertilidade
Numa prisão portátil no íntimo

O que pode aparecer, lavra viveres
As possibilidades de curvas insaciáveis
A libertinagem de ser presa, mas também caça...

Sombra de Anja disse...

Humm...
A eminencia de se sentir presa do desconhecido existente.

Gostei...é forte e doce.
Ta lindo.

Bjs docemente angelicais