segunda-feira, 6 de abril de 2009

Aos quatro ventos

Amo-te
Na flor da tua pele moro eu
intacta como um sopro
no silêncio das palavras ciciantes.
Consumida na distância
me guardo nos extensos gemidos,chamados de alma
de um cio viciante que alenta a espera.

Amas-me
Que dentro da carne
habito-te insana em torrente
e molho-te as derivas do suor
e me confundes no ardor do abismo
que lamenta a ausência desse olhar.
Sombra calma, que sem pressa
promete desaguar em tempestade.

Amamo-nos
Em balanços lancinantes nos recantos da nossa boca
naufragando movediços em cada pulsar intenso
vivendo esparramado na sede dos segredos
e sendo perpetuo na saliva das nossas entranhas…

Sabes que te pertenço intocavelmente e já me rendi as sensações estranhas e turbulentas que me devoram o âmago.

Sei que o rumo ao desconhecido termina a agonia de muitas eternidades e hoje se teria tornado cor nas vagas do teu abraço.

Sabes? AMO-TE!

P.S. Porque guardar segredo de algo que a muito minha alma denuncia?

Um comentário:

Su. disse...

Gritar estas coisas faz sem bem!

:)

grita mulher!